m (→Referências) |
Etiquetas: Editor visual apiedit |
||
Linha 6: | Linha 6: | ||
== Etimologia == |
== Etimologia == |
||
− | Ἀστραῖα, ''Astraia'', é o adjetivo feminino substantivado ἁστραῖος, ''astraios'', derivado de ἁστήρ, ''astêr'', "astro". É mais encontrado no plural com valor de coletivo, ἄστρα, ''ástra'', "astros, constelações". O singular ἄστρον não aparece em Homero e é raro em |
+ | Ἀστραῖα, ''Astraia'', é o adjetivo feminino substantivado ἁστραῖος, ''astraios'', derivado de ἁστήρ, ''astêr'', "astro". É mais encontrado no plural com valor de coletivo, ἄστρα, ''ástra'', "astros, constelações". O singular ἄστρον não aparece em Homero e é raro em grego clássico. O elemento radical *''ster'' é atestado em céltico, germânico e tocariano e o elemento *''stel'' o é em avéstico, sânscrito e latim, como ''stella'', "estrela" ou "estrela cadente". |
== Mitos == |
== Mitos == |
Edição atual desde as 19h52min de 16 de agosto de 2017
Na mitologia grega, Astreia (do grego Ἀστραῖα, Astraia, "Estelar") era uma deusa da justiça, inocência e pureza, associada à constelação da Virgem. Segundo os Fenômenos de Arato e a Astronômica de Higino, era filha de Astreu e Eos. Higino também a identifica com Dike, deusa da justiça, filha de Zeus e Têmis.
Etimologia[]
Ἀστραῖα, Astraia, é o adjetivo feminino substantivado ἁστραῖος, astraios, derivado de ἁστήρ, astêr, "astro". É mais encontrado no plural com valor de coletivo, ἄστρα, ástra, "astros, constelações". O singular ἄστρον não aparece em Homero e é raro em grego clássico. O elemento radical *ster é atestado em céltico, germânico e tocariano e o elemento *stel o é em avéstico, sânscrito e latim, como stella, "estrela" ou "estrela cadente".
Mitos[]
- Segundo Arato e Ovídio, Astreia, enviada como representante dos deuses aos mortais na Idade de Ouro, com eles permaneceu até a Terceira Idade, a Idade do Bronze (em Os Trabalhos e os Dias de Hesíodo, isso se dá com Nêmesis). Fugindo da maldade da humanidade, ela subiu aos céus e transformou-se na constelação da Virgem.
- Havia a esperança do retorno de Astreia e da Idade de Ouro, como indica uma frase da IV Écloga de Virgílio: Iam redit et virgo, redeunt Saturnia Regna (Eis que retorna também a Virgem; está de volta o reino de Saturno [Cronos].
- Na Dionisíaca de Nonnus, a virgem Astreia, nutriz de todo o universo, senhora da Idade de Ouro, recebeu Béroe [a deusa da cidade de Beirute, famosa por seus tribunais] de sua mãe [Afrodite] nos seus braços, rindo, ainda um bebê, e alimentou-a em seu peito enquanto ela balbuciava sábias palavras da lei. Com seu leite virginal, ela fez rios de leis correrem para os lábios do bebê, e pingou na boca da menina o doce produto da abelha ática; ela espremeu o trabalho da abelha de muitas células, e misturou o favo loquaz em uma sábia taça. Se a menina com sede pedia algo de beber, ela dava a água falante de Apolo pítico, ou a água do Ilissos, que é inspirado na musa ática piério quando a as brisas piérias de Febo batem nas suas margens. Ela tomou das estrelas a dourada espiga de trigo [ou seja, a estrela Spica que a constelação da Virgem tem nas mãos] e a trançou em um colar que pôs em no pescoço da menina.
Astreia na Renascença[]
Durante o Renascimento europeu, Astreia foi associada ao espírito da época, de renovação geral da cultura. Na Inglaterra, foi poeticamente identificada na literatura com a figura e o papel da rainha Elizabeth I, como rainha virgem reinando sobre uma nova Idade de Ouro. Na Espanha, foi frequentemente identificada com o reinado de Filipe IV. Uma peça do conte de Villamediana e treze dramas de Calderón de la Barca introduzem um personagem chamado Astreia no primeiro plano de questões políticas e astrológicas.