Calundu, para os povos bantos, é um gênio mensageiro -- ao lado de nkúyu -- encarregado de levar os pedidos e oferendas dos homens a Nzâmbi, a força suprema.
Estes gênios possuem nomes e personalidades individuais. Têm gostos, simpatias e antipatias e podem provocar malefícios. Por isso, devem receber oferendas e sacrifícios.
Vivem nas águas, florestas e interior da terra, de acordo com suas características. Podem assumir as formas humana ou de criaturas fantásticas. Também se manifestam no ar, nos fenômenos meteorológicos e em momentos da vida cotidiana: caça, pesca, semeadura, colheita, doença, viagens etc.
No Brasil, até o final do século XVIII, a palavra calundu era utilizada como sinônimo de macumba. Depois, passou a significar também mau-humor, neurastenia, irritação, melancolia, lundu.
Referência[]
- Nei Lopes. Kitábu; o livro do saber e do espírito negro-africanos. Rio de Janeiro, Editora Senac Rio, 2005, p.52