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Ceuci

Ceuci

Pourouma

Curumã (Pourouma cecropiaefolia)

Segundo Câmara Cascudo [1], Ceuci ou Ceuici ("mãe do pranto"), nome também grafado Ceucy, Cyucy, Ceichu, Ciyucê ou Ciuce, é o nome da mãe de Jurupari, que ficou prenhe pelo sumo da fruta que, enquanto comia, lhe escorria pelos seios abaixo - a cucura (Pouroma cecropiaefolia), segundo a versão do Rio Negro ou do quase idêntico purumã (Pourouma acuminata), segundo a versão do Solimões.

Aos sete dias de nascido, Jurupari já aparentava ter dez anos. A fama de sua sabedoria correu rapidamente e, para aprender com ele, os guerreiros iam ao lugar onde mãe e filho moravam. Aos poucos, Jurupari foi afastando-se da mãe e ensinou segredos que só os homens podiam conhecer e festas onde só eles podiam tomar parte. As mulheres que os surpreendessem, desobedecendo essa lei, deviam morrer.

Ceuci, desobedecendo, escondeu-se para ver o filho revestido com a pompa de tuxaua. Morreu a um gesto mágico de Jurupari, que não reconheceu sua mãe. O reformador não lhe restituiu a vida.

Levou-a para o céu e transformou-a nas Plêiades, chamadas Ceuci pelos indígenas, para os quais indica a época certa da colheita das frutas maduras, da caça e da pesca. É considerada protetora das lavouras e casas construídas nas suas proximidades.

Na lenda "Ceiuci, a velha gulosa" recolhida por Couto de Magalhães e publicada em O selvagem, ele comenta: "A palavra Ceiuci significa a constelação das Plêiades, a que o nosso povo chama Sete Estrelas (Sete Estrelo), e significa também velha gulosa, ou uma fada indígena que vivia perseguida por eterna fome."

Referências

  1. Luís da Câmara Cascudo, Dicionário do Folclore Brasileiro, São Paulo: Global, 2000

Veja também

Nibetad

Plêiades

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