Dan, Dã ou Bessém no Brasil, Dan Ayìdo Hwedo ("serpente arco-íris") no Benin ou Damballah no Haiti é o vodum da riqueza, bastante popular entre os fon. É representado por uma serpente que se rasteja e se esconde na terra, mas que ascende ao céu na forma de arco-íris. Diz-se que ele transporta Heviossô até as nuvens para semear as chuvas benfazejas.
Seu culto é originário do província Mahi, no planalto ao noroeste de Abomey, onde é considerado a divindade nacional. No resto do país fon, os noviços de Dan são chamados de mahinu, e falam o dialeto mahi dentro do convento. No final da iniciação, são chamados de lali e têm somente metade da cabeça totalmente raspada.
Conservam-se no Candomblé Jeje do Brasil a lembrança da ligação com Mahi e alguns nomes como os de Bessém (Gbèsén, "A que faz frutificar a vida" - aspecto feminino) e Jikún ("Semeador da chuva" - aspecto masculino).
Dan no Haiti[]
No Haiti, Dambala, Danbala ou Damballah é a serpente, loa da fertilidade. Preside os mananciais e os pântanos. O fiel "montado" por essa divindade arrasta-se pelo chão ou dependura-se de cabeça para baixo no teto do templo. Sua esposa é Ayuda Ueddo ou Ayida Wedo (Ayìdo Hwedo), senhora do arco-íris ou serpente celeste. O símbolo de ambos é um par de serpentes.
É sincretizado com São Patrício, porque este santo costuma ser representado cercado das cobras que supostamente expulsou da Irlanda. Sua esposa é representada por Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Mais que qualquer outro altar, os dedicados a essas divindades devem ser mantidos imaculadamente limpos.
Ambos são normalmente cultuados na quinta-feira, quando lhes oferecem leite, Champagne Cola (refrigerante popular no Haiti e em todo o Caribe, com sabor de baunilha), licor de anis ou champanhe. Também são oferecidos alimentos brancos, inclusive frango branco (para Damballah) e galinha branca (para Ayuda), pombos brancos, arroz branco e ovos brancos equilibrados em um monte de farinha branca.