Fantastipedia
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Dyktinna

Imagem de Dictina (dir.) em moeda de Cidônia, segurando uma tocha e com cão de caça aos pés. Na outra face, a cabeça de Ártemis.

Etty William Britomart Redeems Faire Amoret

Britomart resgata a bela Amoret, de William Etty (1833)

Britomártis, também chamada Dictina (Diktynna) ou Dicte, é uma ninfa ou deusa de origem cretense, às vezes sincretizada com a deusa grega Ártemis. Segundo uma interpretação de antigos gramáticos, seu nome significaria "doce virgem", mas é possível que seja uma tentativa errônea de explicar por meio de raízes gregas um termo minoano de significado desconhecido. Era adorada principalmente no Oeste de Creta e seus templos eram protegidos por cães ferozes, ditos mais fortes do que ursos. Em algumas cidades, era considerada a nutriz de Zeus.

Em inscrições mais antigas, é chamada Britomárpis e seu festival era chamado Britomarpéia. Alguns acreditam que tenha sido originalmente a deusa-mãe cretense, representada segurando um machado duplo e cercada de animais selvagens, identificada por arqueólogos como "Senhora dos Animais" (em grego, Potnia Theron), da qual Hera, Ártemis, Afrodite, Demeter e Atena teriam herdado muitos traços.

Em uma das versões gregas, Britomártis, filha de Zeus e Carme, teria pertencido ao cortejo de Ártemis de Gortina, em Creta. Desejada por Minos, este a perseguiu por nove meses pelas montanhas e vales da ilha. Percebendo que cairia nas mãos do rei, ela lançou-se ao mar de um penhasco. Foi, todavia, salva por pescadores que a recolheram em suas redes. Daí viria o epíteto de Dictina, "a jovem da rede", pois díktyon é rede, em grego, mas também essa etimologia pode ser fantasiosa.

Outra versão expica o epíteto de Dictina atribuindo a Britomártis a invenção da rede de caça. Dizia-se ainda que Britomártis, durante uma caçada, enredou-se acidentalmente em uma rede e, salva por Ártemis, recebeu honras divinas sob o nome de Dictina. Como Ártemis, Britomártis é representada como caçadora, cercada de cães, sempre fugindo aos homens e buscando a solidão. seguidoras: biza(força) maira(brilho) anquiro(suave) melite(doce) lafria(ruina) dicte(unir) alfeis(criar)

Literatura Moderna[]

Com o nome de Britomart, Britomártis aparece como personagem de The Faerie Queene, de Edmund Spenser (1590) na forma de uma cavaleira andante, personificação e campeã da Castidade. Jovem e bela, ela se apaixona por Artegal - cavaleiro que personifica a Justiça - ao ver-lhe o rosto, pela primeira vez no espelho mágico do pai. Embora não haja nenhuma interação entre eles, ela se apaixona e viaja, vestida de cavaleiro e acompanhada por sua aia Glauce para encontrar Artegal. Britomart leva uma lança encantada que lhe permite derrotar todo cavaleiro que ela encontra, até que ela perde para um cavaleiro que vem a ser seu amado Artegal, que também se apaixona por ela ao tirar-lhe o elmo e ver sua beleza.

Durante suas aventuras, Britomart resgata Amoret, personificação do amor conjugal, do poeta-feiticeiro Busirane, que a raptara na noite do casamento com Scudamour. A lealdade mútua entre Amoret e Scudamour é depois tomada por Britomart e Artegal como um modelo que devem tentar imitar.

Referências[]

  • Junito de Souza Brandão, Dicionário Mítico-Etimológico da Mitologia Grega. Petrópolis: Vozes, 2000
  • Wikipedia (em inglês): The Faerie Queene [1]
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