As pegéias (do grego pêgê, "nascente" ou "manancial") são náiades que habitam as nascentes. Um grupo delas foi responsável pelo rapto de Hilas.
Quando os Argonautas, entre os quais estavam Héracles e seu companheiro Hilas, fizeram uma escala na Mísia, o semideus, que quebrara o remo, tal a força com que feria as águas, dirigiu-se a uma floresta para preparar outro. O belíssimo Hilas se afastou também para procurar água para o almoço e não voltou. É que, tendo-se aproximado de uma nascente, as pegéias, extasiadas com a beleza do jovem, arrastaram-no para as profundezas das águas.
Polifemo, um dos argonautas, tendo-lhe ouvido os gritos, correu em seu auxílio. Encontrando Héracles, que retornava da floresta, ambos se puseram a procurar o jovem. Durante a noite inteira procuraram nos bosques e, pela manhã, quando a nau Argo partiu, os dois não estavam a bordo e, por isso, deixaram de participar da conquista do Velocino de Ouro. Polifemo fundou nas vizinhanças a cidade de Cios e Héracles, antes de retornar às suas tarefas, permanceu alguns dias no local. Desconfiado de que os mísios haviam-lhe raptado o companheiro, exigiu-lhes reféns e obrigou-os a procurá-los. Tal fato explicava, na Mísia, a procissão anual em que os sacerdotes, escalando as montanhas vizinhas, gritavam três vezes o nome de Hilas.
Outras pegéias foram Cassótis, que vivia na fonte do mesmo nome, dedicada a Apolo, no Oráculo de Delfos e Albúnea, que vivia na fonte sulfurosa perto de Tivoli, na Itália.