Mara é o símbolo da ruindade sistemática. Filha de um pajé, absorveu todos os conhecimentos do pai, utilizando-os sempre para fazer o mal.
Segundo uma das versões, tantas maldades fez, que o próprio pai decidiu matá-la, a fim de evitar que sua descendência espalhasse a ruindade sobre a terra. Após inúmeras tentativas frustradas — pois Mara sempre descobria e escapava — ele consegue fazê-la afogar-se. Não pôde, porém, evitar que em sua agonia, a filha liberasse uma baba peçonhenta, contaminando diversas plantas e ervas que podem ser utilizadas como ingredientes de feitiços.
Referências
- Luís da Câmara Cascudo. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro, 1954
- Osvaldo Orico. Mitos ameríndios e crendices amazônicas. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira; Brasília, Instituto Nacional do Livro, 1975 (Retratos do Brasil, 93), p.219