Fantastipedia
Advertisement
Mitologia Japonesa

Criação do Mundo

A Mitologia Japonesa é a mitologia que envolve todo o Japão, explicando o surgimento dos deuses, do mundo e dos imperadores japoneses.

Era Glacial imperio[]

Cada povo tem a sua mitologia. Porém, ela foi sendo eliminada das salas de aula, pelo fato de não ter uma fundamentação científica. A mitologia japonesa já não consta mais nos livros didáticos da história do Japão publicados após a Segunda Guerra Mundial.

Alguns estudiosos não concordam com essa posição de se banir totalmente a mitologia dos livros de história, acreditando que ela faz parte do desenvolvimento da humanidade. Como exemplo, temos o antropólogo Claude Lévi-Strauss, que atuou como professor na Universidade de São Paulo. Ele explicou racional e matematicamente a lógica da mitologia. Assim, o tema mitologia tem sido reconsiderado sob o ponto de vista de “sistema de pensamento universal da humanidade = pensamento primordial”.

Segundo o professor Masakuni Kitazawa, “a mitologia é expressão da forma como os povos lidavam com a natureza que os cercava, o seu clima, condições geográficas, ambiente e o universo.” Os deuses, os heróis, assim como o espelho, a espada, o corvo, a canforeira, e outros elementos, foram a maneira que os antigos encontraram para codificar racionalmente os seus pensamentos. Ele ainda afirma: “Mesmo que a mitologia seja esquecida pelos seus povos, enquanto o clima, as condições geográficas e o ambiente que os envolve não mudarem também, a lógica contida na mitologia continuará a agir no subconsciente do indivíduo e delinear o pensamento dos povos.”

A criação do mundo[]

Os deuses começaram a habitar primeiramente em um lugar chamado Takamagahara. Quando chegou a sétima geração desses deuses, o deus chamado Izanagi, ou o Pai do Céu, e a deusa chamada Izanami, ou a Mãe da Terra, receberam do Senhor do Céu uma lança e, sobre uma ponte flutuante do céu (Ama-no-ukihashi), mexeram o mar com essa lança. Das gotas de sal que caíam e se solidificavam, formou-se uma ilha chamada de Onokoro. Os dois desceram até a ilha, escolheram a coluna celeste e construíram um palácio.

Izanami deu uma volta na coluna celeste e, ao ver Izanagi, falou: “Que homem bonito!”. A seguir, Izanagi disse: “Que mulher bonita!”. E assim os dois se tornaram um corpo só e começaram a criar outras ilhas. Porém, quando olharam para elas, perceberam que não estavam muito boas. Então, voltaram ao céu para consultar os outros deuses. Eles explicaram aos dois que não é bom que uma mulher dite as primeiras palavras. Assim, o casal retornou ao palácio e, dessa vez, foi Izanagi quem dirigiu as primeiras palavras à Izanami. Unidos dessa forma, começaram a nascer belas ilhas, uma após a outra. Primeiro nasceu a ilha de Awaji, depois a de Shikoku, em seguida a de Honshu e as demais, totalizando oito ilhas. Além delas, Izanami procriou o Deus da Montanha, do Mar, do Vento, e mais 35 deuses. O útimo foi o deus-do-fogo

O mundo dos mortos[]

Quando Izanami deu à luz o deus-do-fogo, Kagutsuchi, seus órgãos genitais foram severamente queimados fazendo-a morrer em decorrência disso. Izanagi, consternado, mata Kagutsuchi e decide visitar Izanami no mundo subterrâneo chamado de Yomi-tsu-Kuni (Terra da Escuridão) numa tentativa de fazê-la voltar a vida. Quando chega a entrada de Yomi vê Izanami e pede que volte com ele no que ela concorda dizendo que consultará os deuses do mundo subterrâneo sobre sua liberação, advertindo Izanagi para não olhá-la. No entanto, Izanagi tomado de desejo de rever sua amada esposa retira um dente do pente de seu coque e o acende, entrando no mundo subterrâneo e seguindo-a. Ao iluminá-la, vê um cadáver putrefacto repleto de vermes e assustado, foge do mundo subterrâneo seguido de perto por demônios, os deuses do trovão e a própria Izanami transformada em um monstro até os limites de Yomi. Quando Izanagi arremessa três pêssegos na direção de seus perseguidores, esses cessam suas hostilidades e Izanagi vê Izanami pela última vez selando a entrada de Yomi com uma pedra.

O Nascimento da Deusa do Sol, Amaterasu[]

Izanagi purifica o seu corpo maculado por ter ido até o mundo dos mortos, através de outros relacionamentos. Nessa ocasião também nasceram muitos deuses. Por último, enquanto ele lavava seu rosto, do olho esquerdo nasceu a Deusa Amaterasu (a Deusa do Sol) a quem concede o domínio de Takamagahara e, do olho direito nasce Tsukuyomi-no-mikoto, a quem concede o domínio da noite, e do nariz nasce Susano-no-mikoto a quem concede o domínio do mar. Para a Deusa Amaterasu, ele ofereceu um colar feito de pedras. Com o nascimento desses deuses, que fornecem energia para o sol, para a lua e para o mar, dando-lhes vida e movimento, iniciam-se as atividades do universo.

A Deusa Amaterasu é a figura central e de maior importância na mitologia japonesa. Foi ela quem deu origem à família imperial. Ela é cultuada no Templo Ise, pertencente à família imperial. Até antes da Segunda Guerra, os japoneses acalentavam o desejo de visitar o local menos uma vez na vida. Não por ser o templo da família imperial, mas para rezar e pedir por uma farta colheita à deusa Amaterasu, fonte da vida, ao Deus da Água Sarutahiko, e à Deusa dos Cereais, Toyouke.

Amaterasu e Susano[]

Susanowo, descontente com o império dos oceanos, faz grandes patifarias à irmã, a ponto de a fazer fugir para uma caverna, deixando o mundo na escuridão. Todos os outros kami (deuses), reunidos, concebem então um plano para a fazer sair. Com grande alarido, gritos e risos, despertam a curiosidade da deusa solar, que a leva a entreabrir a entrada da caverna. Atraída por um espelho colocado à sua frente, acaba por sair, sendo então fechada a caverna, para a impedir de que entrasse novamente. Garantida de novo a luz, Susano é condenado a pagar uma multa e a ser desterrado dos céus. Mais tarde, ele arrepende-se e acaba por presentear a irmã com um esplêndido sabre encontrado no corpo de um dragão.

Susano querendo ir ao Ne no Kuni, onde Izanami está, chora e grita causando um grande estrago no universo. Susano sobe então ao Takaamahara com seu dragão kuronaya,Takaamahara é governado por Amaterasu e foi chamar a mesma para ir buscar a mãe. Amaterasu pensando que Susano quer o Takaamahara para si, pega seu arco e flecha e vai ao encontro de Susano.

Susano propõe um uquei para provar que suas intenções são boas. Amaterasu concorda. Primeiro, Amaterasu pega a espada de Susano e a mastiga. Da fumaça expirada por Amaterasu nascem três deusas, as Munakata Sanjojin. Então, Susano pega um colar de jóias de Amaterasu e a mastiga. Da fumaça expirada por Susano, nascem cinco deuses, todos homens.

Amaterasu diz que os deuses que nasceram por último (homens) foram feitos a partir de um objeto seu, portanto são filhos dela. Amaterasu afirma também que as deusas que nasceram antes são filhas de Susano. Todos os deuses dominavam cada um elemento da criação e da destruição. Das deusas mulheres uma dominava o ar, outra a luz e a outra a natureza. Dos deuses homens um dominava o fogo, outro o trovão, outro a terra, outro a água e o último domina as trevas. Susanowo decide se livrar de seu dragão pois o criou usando seu poder e seu rancor mas suas filhas imploram que ele não o destrua. Então, Amaterasu pede que seus filhos purifiquem o dragão e Susano faz o mesmo. Então o dragão (que foi criado a partir de um diamante) é purificado e deixa de ser kuronaya (diamante negro) para se tornar shironaya (diamante branco). Susano prova que seu coração é puro porque suas filhas são gentis deusas. Assim, Amaterasu perdoa Susano.

Izumo[]

Susanowo desce a Izumo nas proximidades de um rio hoje conhecido como Hiikawa. Lá, Susanowo percebe hashis sendo carregados pela correnteza e decide subir o rio. Susanowo encontra o casal de idosos Ashinajichi e Natejichi chorando. O casal tinha oito filhas, porém o monstro Yamata no Orochi vinha uma vez por ano e comia uma de suas filhas. Sua última filha, Kushinadahime estava prestes a ser devorada. O casal então promete a mão de sua filha se Susanowo exterminasse o monstro. Susanowo mata Yamata no Orochi, se casa com Kushinadahime e constrói um castelo para morar com ela.

Um dos descendentes de Susanowo, Ookuninushi, se casa com Suserihime, filha de Susanowo. Ookuninushi e Sukunahikona desenvolvem o Ashihara no Nakatsu Kuni criando as regras da agricultura, medicina e magia.

Tsukuyomi[]

Tsukuyomi ou Tsukyiomi, também conhecido como Tsukuyomi-no-kami, é o deus da lua no Shintoímo e na mitologia japonesa. O nome Tsukuyoi é uma combinação das palavras japonesas lua/mês(tsuki) e "ler;contar"(yomu). Outra interpretação de seu nome é a combinação de "Noite iluminada pela Lua" (Tsukiyo) e um verbo significando "Olhando para"(miru). Ainda outra interpretação diz q o kanji para "arco"(弓, yumi) foi corrompido com o canji para "yomi". "Yomi" Também pode se referir ao mundo subterrâneo, apesar desta interpretação não ser bem aceita.

Tsukuyomi foi a segunda das "Três nobres crianças" nascidas quando Izanagi, o Deus que criou a primeira terra, Onogoro-shima, estava se purificando dos pecados enquanto se banhava depois de escapar do mundo subterrâneo e das correntes de sua enrraivecida esposa, Izanami. Tsukuyomi nasceu quando Izanagi o lavou de seu olho direito. De qualquer forma, em uma história alternativa, Tsukuyomi nasceu de um espelho feito de cobre branco na mão direita de Izanagi.

Depois de subir a escada celestial, Tsukuyomi viveu no "paraiso", também conhecido como Takamagahara, com sua irmã Amaterassu, a Deusa do Sol.

Ashihara no Nakatsu Kuni[]

Amaterasu e os outros deuses do Takaamahara declaram que eles deveriam governar o Ashihara no Nakatsu Kuni então governado por Ookuninushi. Vários deuses são enviados a Ashihara no Nakatsu Kuni, mas falham em seu objetivo. Amaterasu pergunta aos deuses quem deveria ser o próximo enviado. Os deuses respondem que deveria ser Itsunoohabari ou seu filho Takemikadzuchi.

Takemikadzuchi e Amenotohibune são enviados ao Ashihara no Nakatsu Kuni. Lá chegando Takemikadzuchi finca a espada Totsuka no Tsurugi no chão. Takemikadzuchi se senta com as pernas cruzadas em cima da espada e diz a Ookuninushi que Amaterasu ordenara que Ashihara no Nakatsu Kuni fosse governado por um de seus filhos. Takemikadzuchi vai então conversar com Kotoshironushi, filho de Ookuninushi e Kotoshironushi se esconde. Vai conversar com outro filho de Ookuninushi, Takeminakata. Takeminakata tenta medir forças com Takemikadzuchi, mas é derrotado.

Amaterasu envia então Takamimusubi para conversar com Ookuninushi. Takamimusubi diz a Ookuninushi que Amaterasu lhe construiria um grande castelo em troca do controle do Ashihara no Nakatsu Kuni. Ookuninushi pede um grande castelo, para seus 180 filhos morarem e depois disso desaparesce. Este castelo é o santuário Izumo Taisha, em Shimane.

Yamasatihiko e Umisatihiko[]

Yamasatihiko perde a vara de pescar de seu irmão Umisatihiko. Yamasatihiko vai então ao castelo do deus do mar, Kaijin, se casa com sua filha e devolve a vara de pescar do irmão. Yamasatihiko e sua esposa têm a Ugayafukiaezu como filho. Ugayafukiaezu por sua vez tem como flho Kamuyamatoiwarehiko, o imperador Jinmu.

Advertisement