Um nobre é o integrante um estrato superior e privilegiado oriundo de sociedades pré-industriais, principalmente feudais, cujos privilégios originalmente eram hereditários, baseados na propriedade da terra e tipicamente incluíam a isenção de tributos e o direito e dever de portar armas. Sociedades em modernização tenderam a reduzir os privilégios da nobreza e ao mesmo tempo a ampliá-la, conferindo nobreza, em caráter hereditário ou não, a plebeus notáveis.
Etimologicamente, nobre deriva do latim nobìlis,è (arcaico gnobìlis, de noscère 'conhecer') 'conhecido; célebre; ilustre. Na Idade Moderna, quando se tornou comum a concessão da nobreza a plebeus pelos monarcas, distinguiu-se o nobre, portador de nobreza em geral e principalmente da "nova", do gentil-homem ou fidalgo, herdeiro da antiga nobreza hereditária.
Nobreza em Portugal[]
No Portugal de D. João VI, os nobres eram classificados em 3 ordens hierárquicas:
- Nobreza principal.
- Pessoas reais
- Parentes da Casa Real
- Grandes do reino
- Membros do Conselho
- Fidalgos de solar
- Fidalgos do conselho
- Fidalgos cavaleiros
- Fidalgos escudeiros
- Fidalgos capelães
- Moços fidalgos
- Pessoas que têm tratamento distinto
- Cavaleiros das ordens militares que têm alguma das dignidades delas
- Fidalgos de linhagem, que descendem legitimamente ou por legitimação de pessoa que teve o foro de moço fidalgo e daí para cima.
- Nobreza distinta.
- Nobres de linhagem cujos quatro avós tivessem sido nobres
- Cavaleiros fidalgos
- Os do Desembargo d'El Rei
- Cavaleiros das ordens militares
- Fidalgos de cota de armas
- As pessoas que se podem chamar de Dom.
- Nobreza ordinária.
- As pessoas nobres que não pertencem à ordem da nobreza distinta, ou à ordem da nobreza principal do reino - pessoas com mera nobreza política, isto é, - os chamados Homens Bons, Escudeiros de linhagem, Cavaleiros, Letrados, Bacharéis, Licenciados e Doutores, e desde meados do séc. XVIII, os negociantes de grosso trato das praças de Lisboa e Porto.
Eram excluidos da nobreza: os peões, assalariados, mercadores e oficiais mecânicos.
Referências[]
- Luiz da Silva Pereira Oliveira, Privilégios da Nobreza e Fidalguia de Portugal (1804)